domingo, 25 de agosto de 2013

[Sessão Crítica] Jurassic Park: Parque dos Dinossauros: 3D "UCI DeLux" Legendado

NESTA POSTAGEM 
SESSÃO CRÍTICA
JURASSIC PARK: PARQUE DOS DINOSSAUROS

FÓSSEIS EXTRAS
ELENCO
CURIOSIDADES
O PARQUE DOS DINOSSAUROS, DE MICHAEL CRICHTON
MEMÓRIAS DA SESSÃO 

SESSÃO CRÍTICA
JURASSIC PARK: PARQUE DOS DINOSSAUROS 
O SONHO PROIBIDO
Foram 20 anos de espera, mas pelo descuido da mídia e da distribuidora, o relançamento em 3D de Jurassic Park: Parque dos Dinossauros passou despercebido entre o grande público. Já disse isso antes e escrevo outra vez, uma bola fora pelo desencontro de informação por todos os responsáveis. Tirando esse problema, esses relançamentos em 3D é uma grata oportunidade para quem não teve condições de assistir na época de estréia nos cinemas. 

Assistindo novamente (após dezenas de vezes na infância) a produção ainda resiste ao tempo, mantendo a sua qualidade em minha mente. A emoção de olhar aqueles fósseis sendo escavados por Dr. Grant, Dra. Ellie e toda a equipe de paleontólogos ao som de John Williams é de cair lágrimas. O som já envolve logo no começo, além da trilha sonora, os efeitos sonoros impactantes dos tiros em um velociraptor numa jaula. 
A luta da humanidade pela descoberta da vida ou pela recriação dela, é muito bem explorada na história, assim como toda aquela sensação de visão comercial e da década de 90. Toda essa montagem nos transporta para aquela época, independente do tempo que estejamos assistindo a essa fita (seja você com os seus 20 e poucos ou 80 anos). Se em 1993, a grande memória é a qualidade de realismo de seus efeitos especiais e a bela construção e carisma de seus personagens, hoje o que fica é o seu bom conteúdo  e a época como foi montada (desde o estilo das roupas à capacidade dos computadores). 

A personalidade da trama é mais uma das muitas marcas pessoais de Spielberg. O próprio diretor afirma realizar filmes para ele, acreditando produzir aquilo que quer ver na tela. E essa marca mais infantil (uma espécie misturando a genética de Tubarão e E.T.) o torna um dos seus maiores contos da década de 90. A inocência e a leveza é um dos pontos mais conhecidos do diretor e isso é perceptível em todo o filme. Como um King Kong moderno.

É importante dizer que Parque dos Dinossauros é um filme com dinossauros e não sobre dinossauros, independente das descobertas que surgirem posteriormente, como aconteceu com Titanic. Podemos ver certas habilidades não comprovadas, como a tremenda rugida, quase ensurdecedora, do T.Rex. Pode ser que na realidade o temível T.Rex cacarejava como uma galinha*veja mais em Memórias da Sessão. Talvez isso não seja tão interessante ou temível para impactar o público com o poder dos efeitos sonoros - a exemplo das explosões incoerentes no espaço vistas na saga Star Wars. Certa ficção existe para nos proporcionar o melhor romance e é preciso aceitar isso, de certa forma. 

Sem se concentrar nos excessos paralelos, há pouca violência, para se manter na faixa etária, há tímidas cenas de dilaceramento e muitas das mortes são concentradas em textos de outros personagens ou dramatização de movimentos ou de edição. Outra coisa interessante, é a visão amigável entre Dr. Alan Grant e Dra. Ellie. Se não fosse pela pergunta do esperto Ian Malcolm, dificilmente se notaria alguma relação amorosa entre o casal de paleonteólogos. Algo que só fui descobrir anos depois, lendo materiais sobre o filme. 

Spielberg não está no filme, mas parece sempre entregar algo de si aos seus personagens. ele admitiu uma vez que alteraria o final de Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977), pela visão que ele tem hoje, sendo um homem de família. Isso se relaciona ao final otimista que nós vemos em Guerra dos Mundos (2005).

Dr. Grant é uma criança no corpo de um adulto, da mesma forma que meninos repudiam meninas, ele repudia crianças por ser intolerante com responsabilidades. É o mesmo caso em relação ao seu problema em se relacionar com a tecnologia, a maior criança do homem atual. 

 É possível imaginar o protagonista como uma homenagem a Indiana Jones.  Grant usa chapéu e tem características de investigador. Enquanto que Grant é um cientista voltado a paleontologia, Indy é um professor voltado a arqueologia. Ambos vivem os perigos gerados pelas antiguidades a sua maneira. O sabor pela ambição leva o cara de chicote a se desenvolver com cada novo mistério que encontra, o mesmo caso é Grant ao descobrir o Parque dos Dinossauros e estar frente a frente com o seu sonho de infância. 

Enquanto temos um agradável protagonista, pelo seu jeito rabugento, por outro lado nós temos um agradável coadjuvante pelo seu jeito simpático. Neste caso, falamos de John Hammond. Hammond é uma criança, como Grant, mas que lida com uma responsabilidade maior e com uma ambição maior ainda. Com o poder do dinheiro, foi capas de criar o Parque dos Dinossauros. 

Hammond chega a parecer uma personificação de Deus-faz-de-conta entre os homens.  As suas características físicas - barba branca e vestimentas brancas - logo fica muito associado à famosa imagem do pai representado nas artes de Michelangelo. Na arte, Deus está conectando o seu dedo ao homem e no filme, Hammond segura uma bengala onde está uma pedra com um mosquito preso dentro dela (aquele ser, que na história, manteve o DNA de dinossauro por anos).

É interessante também citar Ian Malcolm, um personagem extremamente complexo, crítico e (por que não) mulherengo. Meio que um tipo papel de chato- mas legal da trama. Algo muito bem trabalhado no contexto, não deixando-o com um personagem irritante. 

Enquanto que a a aventura pede braços fortes nas mãos dos protagonistas masculinos durante as cenas de ação, a Dra. Ellie se destaca na graciosidade tanto nos momentos em que apresenta seus dotes médicos quanto nos momentos corajosos.
Os debates calorosos entre os cientistas, Hammond e Gennaro se tornam um dentre os grandiosos pontos filosóficos da trama 

Para o público mais velho, uma das maiores complexidades da história fica na subtrama onde a ambição ganha o seu lado ruim - a traição e a inescrupulosidade. Tais características apresentadas pelo talentoso especialista em programação do Parque, Dennis Nedry. O confronto entre diálogos entre Hammond e Nedry deixa claro, para os mais atentos, os motivos pessoais e negativos do mundo capitalista. A questão financeira acaba falando sempre mais alto no mundo adulto de Nedry, se comparando ao mundo mais inocente do lado dos mocinhos. 
Os dinossauros de Spielberg marcam pelo alto nível de interação entre seres digitais e o homem. Tal interação que posteriormente passou a ser gerada inteiramente por computador nos anos 2000. Um dos pontos altos  e mais divertidos desta relação, além dos adultos estarem virando pratos principais, são os dinossauros inteligentes e as crianças

O 3D se apresenta muito bem no começo da exibição, com as cenas de folhas. O esforço desta conversão é louvável se estiver atento aos detalhes de perspectiva (tanto os objetos como as luzes também tiveram a devida atenção) mas se tora menos perceptíveis ao desfocar para um outro elemento na mesma cena. No caso desse tipo de 3D convertido, o resultado chega a ser um pouco melhor do que se esperava. Embora não se torne tão memorável a altura dos seus efeitos técnicos, Jurassic Park 3D vale uma conferida - pela nostalgia e certa sensação de novidade - mesmo que num futuro Blu Ray.

FÓSSEIS EXTRAS

ELENCO
Quem é quem em Parque dos Dinossauros: Jurassic Park e algumas comparações com a versão do livro. 

Dr. Alan Grant
(Sam Neill)

 Perito em dinossauros, terá os seus conhecimentos colocados à prova diante dos dinossauros clonados pela companhia de John Hammond, a InGen. Ele também apresenta um desenvolvimento mais amigável (e por que não, Heroico ?) diante daquelas que um dia ele detestava: as crianças. 

Dra. Ellie Sattler 
(Laura Dern)
 A perita em dinossauros, é a única personagem feminina adulta do elenco. Se mostra uma personagem forte e graciosa na pele de Dern. Dra. Ellie acredita numa teoria feminista, de que as mulheres herdarão a terra após o retorno dos Dinossauros.


Dr. Ian Malcolm
(Jeff Goldblum)
 O matemático acredita que a teoria do caos pode explicar os eventos futuros da humanidade. É um dos personagens mais complexos e divertidos e da trama. Por ter um grande coração, com três filhos e diversas ex-Mulheres, e viver em seus momentos de depressão, somada a bebidas, Malcolm é muito mais levado pela emoção. Embora consiga ter sempre razão, nem sempre tem consciência do que faz. Disputa o posto de herói com Dr. Grant. Talvez, pelo seu nível de Q.I. elevado, é inquieto com descobertas, chega a ser comparado a um astro do Rock por John Hammond.

John Hammond
(Richard Attenborough)
O adorável e excêntrico criador do Parque queria, um dia, construir algo maior do que o seu circo de pulgas. Algo que as pessoas pudessem tocar e sentir. Para isso, o milionário fundou a InGen, uma empresa especializada em clonar dinossauros. Mas a sua imaginação sem limites, diante de todo o dinheiro que tem, é colocada à prova. No fim, Hammond aprende a lição dos limites da consciência humana.

Robert Muldoon
(Bob Peck)
 O caçador especialista em velociraptors acredita que, como um bom xerife , tudo está sobre controle na floresta do Parque. Será mesmo? Não podemos subestimar a natureza. Muldoon, além de ser um bom guerreiro que honra a habilidade de seus adversários répteis, é um grande confidente de Hammond. No livro, ele é alcoólatra.

Ray Arnold
(Samuel L. Jackson
É o fiel engenheiro chefe do Jurassic Park de John Hammond. É decepado por um velociraptor (seu braço direito acaba nos ombros da Dra. Ellie).

Donald Gennaro
(Martin Ferrero)
É o fiel advogado de John Hammond. Foi o principal responsável por sugerir a contratação de Grant para averiguar e aprovar o Parque. Gennaro é a primeira e única vítima humana do T.Rex. No livro, ele consegue fugir da ilha junto com outros sobreviventes e morre apenas no segundo romance, O Mundo Perdido: Jurassic Park, durante uma viagem a negócios.

Henry Wu 
(B.D. Wong)
É o chefe geneticista do Parque dos Dinossauros. Wu tem uma participação maior no livro, onde acaba morto por velociraptors em uma armadilha. ele é arranhado pelas costas, com uma as patas traseiras dos velociraptors, enquanto tentava avisar a Dra. Ellie que os dinossauros foram soltos.

Tim Murphy
(Joseph Mazzello)
Tim é um inquieto e grande admirador do Dr. Grant e sobrinho de John Hammond.

Lex Murphy
(Ariana Richards)
A protagonista mirim é uma esperta garota vidrada em computadores, algo muito identificável com a geração atual.

Lewis Dodgson
(Cameron Thor)
 É o diretor de pesquisas de DNA da Byosin, uma empresa rival da InGen de John Hammond. É um vilão bastante importante no livro. Na romance, Dodgson discute a possibilidade de roubar amostras de DNA da InGen. No filme, Dodgson aparece disfarçado e pede para Nedry não citar o seu nome, que o provoca repetindo. Reaparece no segundo romance, O Mundo Perdido: Jurassic Park, roubando ovos de dinossauro. Acaba morto, engolido por um Tiranossauro Rex, mas sobrevive no primeiro filme (sua única aparição na trilogia cinematográfica).

Dennis Nedry
(Wayne Knight)
Devido a problemas de baixo salário, Nedry aceita a oferta da Biosyn para roubar embriões de dinossauro da ilha Sorna, da companhia InGen, onde trabalha.

No livro, Nedry é descrito como originário de Cambridge, Massachsetts, onde trabalha com Sistemas de Computadores Integrados e Supervisor de Projeto do Parque dos Dinossauros. O corpo de Nedry é encontrado por Gennaro e Muldon, após ser morto por um Dilofossauro.

CURIOSIDADES
Algumas curiosidades em relação ao elenco. Confira:

Muito antes de estrelar Parque dos Dinossauros, Sam Neill esteve em Terror À Bordo, suspense de 1989, ao lado de Nicole Kidman (sua esposa no filme) e Billy Zane (como o psicopata). Dirigido por Philip Noyce (Salt; Perigo Real  e Imediato; Jogos Patrióticos; O Santo).

Num misto de ficção científica e terror, A Mosca (1986), com direção de David Cronenberg (Marcas da Violência), , foi o filme que lançou Jeff Goldblum ao estrelato. O longa é uma refilmagem de 1956.

Richard Attenborough também fez um outro bom velhinho, bem conhecido entre as crianças, em "Milagre na Rua 34",  em 1994, uma refilmagem da versão 1947, contracenando com a Matilda (1996), Mara Wilson (Susan Walker, no filme). Além de ator, Atenborough também é diretor, tendo inclusive dirigido Robert Downey Jr. (Homem de Ferro) em Chaplin (1992).


No ano seguinte, após Parque dos Dinossauros, Samuel L. Jackson estrelou ao lado de John Travolta e outros nomes icônicos um dos grandes filmes da década de 90, Pulp Ficition: Tempo de Violência. Do cultuado diretor Quentin Tarantino (Cães de Aluguel), um dos melhores da atualidade.
Em 1910, Joseph Mazzello esteve em mais um trabalho de Spielberg, agora produtor excecutivo com Tom Hanks, na minissérie da HBO, The Pacific. Outra dentre suas grandiosas produções de Guerra, como Band Of Brothers (2001) e O Resgate do Soldado Ryan (1998).

O PARQUE DOS DINOSSAUROS, DE MICHAEL CRICHTON
Lançado em 1990, a edição original tem 416 páginas. Em 1993, durante o lançamento da adaptação do filme para o videogame Mega Drive, a revista Gamers publicou uma crítica, confira:

"O NASCIMENTO NO PAPEL"
A origem da saga dos dinossauros em pleno século XX teve início com a publicação do livro Jurassic Park por Michael Crichton. Escritor acostumado ao tema ficção científica e também roteirista e diretor de cinema, ele criou um livro de rara felicidade, que muita gente considera melhor que o filme de Spielberg. Apostando no suspense e num certo tipo de orientação filosófica que contesta os avanços irracionais da ciência. o autor consegue prender o leitor até a última página. Muitas passagens inclusive foram supridas ou alteradas no filme, que fez mudanças para forçar o happy end típico de Hollywood. lançado no Brasil em 1992 pela editora Best Seller, o livro figura há muito tempo na lista dos mais vendidos.   
- Revista Gamers, 1993

Comparações analisadas por um autor do Wikipedia:

"DIFERENÇAS COM A ADAPAÇÃO"
Existem algumas diferenças substanciais entre o livro e o filme. Algumas das mais notáveis ​​são a eliminação de alguns personagens, a alteração da cronologia, assim como alguns personagens principais são modificados em relação a suas contrapartes no romance.

- A relação entre Alan Grant e Ellie Sattler no livro era puramente profissional, enquanto que no filme estão envolvidos romanticamente.
- No filme, Alan Grant mostra-se como alguém intolerante e sem paciência com crianças. Por outro lado, no romance ele tem uma grande simpatia por crianças, devido a curiosidade delas por dinossauros e paleontologia. Além disso, é apresentado como um homem maduro, de barba, camisa havaiana e bermuda.
- O personagem de John Hammond era completamente diferente no livro. No final da trama é morto por um grupo de pequenos dinossauros, enquanto tenta escalar uma colina com um tornozelo quebrado, tendo em mente planos para reconstruir o parque em outro local, para irritação de seus convidados e netos. Também se mostra um personagem sem escrúpulos, capaz de fazer qualquer coisa por seu sucesso financeiro, um velho lunático e chato. No filme, Hammond escapou completamente ileso, humilhado e aterrorizado pelas monstruosidades que ele criou, além de ter uma personalidade agradável.
- No romance, Lex Murphy é mais nova que Tim, e ele é o único que está obcecado com os computadores e os dinossauros. No filme, Tim é o mais novo dos dois e a personalidade hacker de computador é retratada em Lex.

- Muldoon, responsável pela segurança do parque é mostrado no filme como um homem frio e dedicado ao seu trabalho, morrendo ao tentar proteger Ellie dos raptores. No livro é descrito como alcooólatra (e permanece embriagado durante parte da história) e sua personalidade é mais humana. Mostra-se capaz de interagir melhor com os outros personagens, sendo uma personagem ser mais relaxada. Inclusive, sobrevive a catástrofe e deixa a ilha junto com os outros personagens que escapam de lá.

- Entretanto, existem referências do romance no segundo filme da franquia, The Lost World: Jurassic Park, como a cena inicial do filme, onde uma família está numa praia deserta e a filha do casal é atacada por um "lagarto", sendo um dos breves capítulos iniciais do livro. Inclusive há uma fala similar entre o casal: “E se houver cobras?” “Oh, pelo amor de Deus. As cobras não chegam perto de uma praia.” 
-Wikipédia, Jurassic Park (Filme)

MEMÓRIAS DA SESSÃO

Lembro-me como se fosse hoje. Era meados de 1993, eu e minha irmã estávamos fazendo uma votação, junto com o pai, para ver qual filme deveríamos assistir no cinema: Aladdin ou Parque dos Dinossauros? Aladdin estava avançado em números de semanas nos cinemas. O longa da Disney havia estreado no dia 9 de Junho. Aladdin ganhou e se tornou um dos primeiros filmes que assisti no cinema. 
Quando o filme chegou às locadoras, meu pai comprou a versão dublada com aquela capa personalizada em forma de fóssil de dinossauro. Linda! E faz jus ao nosso colecionismo e ao nível do filme. Aqueles 127 minutos me deram uma grande vontade de voltar no tempo e encher o saco do meu paizão pra gente poder assistir também O Parque dos Dinossauros no cinema. Antes disso, com o filme ainda nos cinemas, meu pai me mostrou numa loja o cartucho do Jurassic Park de Mega Drive numa prateleira. E ele se impressionou com o tamanho de megabites (16 Megas eram um marco pra quela época). Eu também fiquei impressionado. 

Dias depois, após ficar extasiado com Jurassic Park, eu, minha mãe e minha irmã visitamos os nossos tios. Minha tia veio pra mim, enquanto subia as escadarias do Play, e disse: - Corre lá, Rick, seu tio tá com um filmão. Meu tio também era um grande apaixonado por filmes. Chegando lá, vejo meu tio esparramado no sofá, como de costume, sorridente, e olha só o que eu pego ele assistindo: Jurassic Park. Não podia perder essa chance de assistir novamente, agora com o meu tio, e então cheguei junto. O filme estava bem na sequência onde Sam Neil e Laura Dern aparecem pela primeira vez, escavando aqueles fósseis. 

O Relançamento de 20 anos me deu esta abençoada oportunidade de finalmente assistir no cinema. Porém, com o vacilo das fontes oficiais informando que o lançamento seria no dia 30 de Agosto, por pouco teria perdido essa oportunidade e certamente ficaria irritado e triste por anos. Uma espera que nem 65 Milhões de anos poderia apagar essa amargura. Com os olhos atentos de um grande amigo, ele me informou de uma matéria no Jornal Destak avisando do lançamento. Mas como não chegou a citar a data, cheguei a pensar que fosse uma pré- estreia e aí acabei não pesquisando sobre essa informação. 
Outra bola fora é que 1 semana depois da estréia, o relançamento deixou de ser exibido em quase todas as salas do Rio de Janeiro, deixando apenas o UCI DeLux no horário da tarde. 
No maior desespero, tentei comprar no cartão de crédito no Ingresso.com mas o maldito banco Santander me disse que só liberaria o meu cartão depois de 6 meses ou com nova proposta (ou seja, nada do que foi combinado pela gerente sanguessuga em relação a um acordo que fui obrigado a fazer). 

Finalmente o Sábado chegou. Acordei um pouco cedo, dando pra descansar bastante. Fui a minha babearia favorita - onde tem o Silvio e o Daltro. A fila tava grande, e fiquei preocupado com a hora - eram mais de 14:00 e a sessão começava às 16:15. Nesse meio tempo,  fui folhear uma revisa Época que estava ali numa cadeira. A revista era de 9 de Abril de 2012. E então, uma surpresa, a revista estava falando sobre as novidades em relação aos fósseis encontrados do Tiranossauro Rex e de outros dinossauros. A verdade era que eles não usavam a pele anfíbia mas sim, tinham penas. Fiquei muito surpreso e aí me lembrava do filme e associava aquela imagem (fiz isso o tempo todo também enquanto estava na sessão).

Tudo tava correndo bem e eles, profissionais da forma que são, fizeram o trabalho bem rapidinho. Mesmo com a choradeira de um menino que não queria cortar o cabelo, sendo amparado pelo pai e dizendo a ele que não ganharia o CD dos Vingadores. Olhei pro chinelo do garoto, e notei que era uma versão promocional do filme O Espetacular Homem-Aranha. Sem contar também com um moço, aparentemente com problemas mentais, esbarrou em mim e sentou do lado, com certa dificuldade e foi ler um jornal. O problema é que ele não falava nada e enquanto eu cortava o cabelo, outras pessoas iam no lugar dele - como uma outra criança que estava acompanhado de uma garotinha, esta olhava pro garoto que chorava enquanto ele cortava o cabelo.  

Gosto muito do Silvio, sorridente e com senso de humor, mas sempre gosto de cortar com o Daltro, porque ele sabe qual o tipo de corte que eu quero (coisa que sempre tento passar para outros cabeleireiros, mas só ele consegue me entender). E de quebra fez até a sobrancelha sem cobrar nada. Aproveitei, elogiei o trabalho e peguei o cartão dele dessa vez. O Daltro é um excelente profissional. Se eu tivesse dinheiro, o contrataria para ser o meu cabeleireiro particular. 

Chegando ao UCI, admito que fiquei muito intimidado pelo alto nível do atendimento diferenciado da sala DeLux. Sei que já estive na sala DeLux pra assistir ao O Hobbit, mas isso faz um certo tempo e naquela época eu comprei o ingresso pela internet, então não passei por essa sala. 

Logo no segundo andar do New York City Center, antes do andar do cinema, se encontra a sala de atendimento exclusivo para quem quer comprar ingressos pra sala DeLux. E lá não tinha fila como nas tradicionais. Só fiquei com receio pra ir lá comprar porque não tinha cartão e achei que o atendimento só poderia ser dessa forma, como se eles não aceitassem nenhuma outra forma de pagamento naquela salinha. Chegando lá, houve algum problema com um casal na hora da compra, a atendente explicou calmamente as coisas com detalhes pra eles, e eu pensei que fosse esperar. Pelo contrário, a atendente foi direto a mim me atender. O problema é que a sala já estava quase toda preenchidas, e tinha pouquíssimos lugares, quase em frente a tela. Então escolhi. A atendente educadamente me agradeceu e me desejou um bom filme e uma boa tarde de uma maneira incrivelmente paciente. Fiz o mesmo. 

Aproveitei o tempo para tirar algumas fotos e subi até o andar dos cinemas, o terceiro. Uma destas fotos, eu tirei em frente ao poster personalizado da versão 3D. Fiquei rodeando pra ver quem poderia me ajudar - vi pessoas ocupadas com suas crianças soltas e então não quis incomodar. Passando um tempo, veio uma atendente do UCI. então pedi pra que ele tirasse uma foto minha e ela foi super atenciosa, perguntou se eu queria tirar outra por estar distante e então tiramos mais uma para segurança.

Gloria à Deus, finalmente consegui assistir a este clássico no cinema. 

 E chegando à sala, me surpreendi com a criatividade. As últimas cadeiras não eram como um sofá mas sim, uma cama. Você deitá lá numa boa com os óculos. O problema é que pra quem está com sono e/ ou com problemas de coluna eu não recomendo - ainda mais se for pra assistir com óculos 3D nesse último caso, já que eu tive que inúmeras vezes me ajeitar pra visualizar detalhe por detalhe na tela. Mas se você não for tão perfeccionista assim e nem com problemas ou com cansaço físico, esse espaço da sala pode te agradar também.  E a exibição teve um certo atraso, cerca de uns 20 minutos ou mais. 

FICHA TÉCNICA
Título Original: Jurassic Park
Data de Lançamento : 26 de Junho de 1993 16 de Agosto de 2013 (Brasil)
Sessão Acompanhada: UCI New York City Center - 3 B - 16:15
Diração: 127 Minutos
Direção: Steven Spielberg

DEDICO ESTE POST Á MINHA FAMÍLIA:  Pai, Mãe, Irmã, Tio Ivan e Tia Ruth
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